A juventude não foi feita para o prazer, mas sim para o heroísmo!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Campanha de distribuição de adesivos contra o aborto




Desde 2006 o grupo Ação Jovem Pela Terra de Santa Cruz já atuava, uma de suas atividades foi a distribuição de adesivos contra o aborto.

Passeata contra o aborto em Itu

Prof. João Paulo de Camargo





Ocorreu no dia 18 de agosto em Itu, cidade do interior paulista, uma passeata contra o aborto. Evento organizado pelas paróquias da cidade, contou com a participação de diversos grupos, entre os quais Ação Jovem Pela Terra de Santa Cruz — movimento que segue o pensamento e as orientações legadas pelo líder católico Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.




A manifestação, com aproximadamente 1000 pessoas, percorreu ruas centrais da cidade bradando slogans e ostentando faixas contra o aborto. Encerrou-se junto à Matriz de Nossa Senhora da Candelária, que abriga um dos mais importantes acervos da arte barroca do estado de São Paulo, com peças ornamentadas em ouro e imponente altar de colunas salomônicas. Com certeza, ela é um dos pontos de referência que justificam o título da cidade como a Roma Brasileira.






Fonte: Revista Catolicismo outubro de 2007
E-mail para o autor: catolicismo@catolicismo.com.br

Neuschwanstein o senso do combate e da dignidade afidalgada


Plinio Corrêa de Oliveira
As fotos nos mostram o castelo construído pelo Rei Luís II da Baviera (Alemanha, século XIX), famoso no mundo inteiro. Corresponde a uma concepção que poderíamos qualificar de romântica e wagneriana da Idade Média.
Possui ele esta nota característica: o homem que o imaginou quis construir um castelo que refletisse todo o espírito medieval, ou seja, o senso do combate e da dignidade afidalgada do homem daquela era histórica.
Rei Luís II da Baviera
O castelo está situado num panorama extremamente favorável: um extenso movimento montanhoso, que se prolonga e vai descendo. De maneira que o castelo se localiza numa espécie de píncaro em relação a todas as circunjacências imediatas, tendo como fundo de quadro dois aspectos bonitos da natureza: os lagos — no alto da montanha, sempre com água puríssima — e uma floresta. Não floresta virgem, embora ela seja tão densa e vigorosa que ficamos com toda a sensação de se estar diante de floresta virgem.
* * *
A primeira impressão que o castelo sugere, a meu ver, é causada pelo jogo das torres, sobretudo a torre mais alta, que parece desafiar os montes atrás, como quem diz: “Eu estou no píncaro do orbe, mais do que eu não há ninguém”.

O corpo principal do castelo, constituído de vários andares, é o traço de união entre dois outros edifícios que terminam também em torres, mas desiguais.
Em seguida, a entrada do castelo, que remata e recolhe toda a atmosfera de grandeza que se vê, e fecha essa grandeza numa como que taça, representada pelo pátio interno do edifício. Trata-se de uma construção de pedra ou de tijolo avermelhado, com um portal magnífico. Tem-se a idéia de algo hierárquico. Visto o edifício de baixo para cima, há um grande terraço, de onde se domina a natureza.
O castelo espelha um aspecto altamente hierárquico da grandeza, que tem graus e que neles se desdobra, até tocar os homens menores. Oferece como que um afago a quem nele quer entrar com boa intenção, e exprime uma ameaça para a pessoa que deseja entrar com má intenção. Porque este castelo revela algo de fortaleza, e esta exprime algo de prisão. Sente-se a existência concreta ou possível de sinistras masmorras na parte de baixo, para castigar o crime.
Assim, Neuschwanstein é um castelo altamente simbólico.

Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para sócios e cooperadores da TFP em 2 de julho de 1970. Sem revisão do autor.

Fonte: Revista Catolicismo outubro de 2001

Cerveja, Guaraná e Coca-Cola

Plinio Corrêa de Oliveira

A cerveja é uma bebida de uma psicologia – se assim me é permitido exprimir – bem diferente da do refrigerante comum. Ela é varonil, é aprazível quanto à vista, tem um gosto que se afirma, apresenta variedades agradáveis e quase incontáveis.
Entretanto, essa bebida oferece certo inconveniente: convida de algum modo para o alcoolismo; mas esse problema não reside tanto na cerveja quanto em seu consumidor.
Devido à sua natureza, tal bebida é mais saborosa quando servida gelada. Por isso, independentemente do intuito de refrescar-se, a maior parte das pessoas que a tomam preferem ingeri-la a uma temperatura baixa.
Nela observa-se qualquer coisa de um pouco plebeizante. Posso conceber perfeitamente uma pessoa de alta categoria que beba cerveja com bom gosto. Mas discerne-se na bebida um aspecto, mediante o qual o indivíduo sente a inclinação de bebê-la em certa quantidade, que não chega necessariamente até a embriaguês, mas que atinge os limites desta. A pessoa tende a gesticular muito, cantar alto, comer demais e fazer coisas do gênero, as quais revelam algo de desequilíbrio. E é preciso naturalmente considerar esse dado com atenção.
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Os refrigerantes não alcoólicos têm, por sua vez, uma variedade incontável.
No refrigerante, podemos distinguir dois aspectos: primeiro‚ o gosto intrínseco da matéria prima da qual ele é produzido; o segundo consiste no deleite que a refrigeração produz. Esses dois aspectos produzem efeitos diversos sobre o homem, sendo necessário fazer a distinção.
Nos antigos refrigerantes, que se generalizaram nas primeiras décadas deste século, preponderava o gosto, a delectação do sabor da matéria prima empregada para sua elaboração.
Um desses refrigerantes é o Guaraná. O guaraná é uma planta nativa da Amazônia. Com o pó proveniente do fruto dessa planta, produz-se uma bebida de cor dourada, com espuma branca, gaseificada – todos os refrigerantes dessa época já eram gaseificados –, o que concorria para tal refrigerante alcançar enorme sucesso. Com duas modalidades distintas: o Guaraná Espumante e o Guaraná Champagne.
O Espumante era doce e espumava de fato. O Champagne exibia uma espuma muito mais discreta, semelhante à da bebida alcoólica denominada Champagne. Como a Champagne atingira naquele tempo o auge da moda, o Guaraná Champagne criava a ilusão: quem o bebia estava tomando algo parecido com a famosa Champagne, alcançando, em vista disso, muita difusão.
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Entretanto, o triunfo dos refrigerantes foi atingido quando surgiu a Coca-Cola. É preciso dizer que tomei apenas uns dois ou três goles de Coca-Cola e desde logo não gostei. Notei algo de deformante do bom gosto. Naturalmente, ela exigia ser servida em temperaturas polares...
.A Coca-Cola penetrou em todos os ambiente. Com facilidade, com naturalidade foi ocupando todos os lugares. Enfim, a Coca-Cola conquistou o mundo.
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Esse refrigerante beneficiou-se de uma associação de imagens.
Quando entrou o período Coca-Cola, Hollywood estava na baixa e o cinema europeu começava a alcançar um prestígio que não desfrutara anteriormente. Em outros termos, o monopólio do cinema vinha escapando dos Estados Unidos por causa da alta qualidade técnica, artística e de enredos mais filosofados, mais trabalhados, produzidos pelo cinema europeu.
A Coca-Cola, entretanto, continuou a representar o que poderíamos chamar a bebida simbólica do hollywoodismo. Hollywood não morrera; os grandes dias da Hollywood -- da decadente Hollywood -- o indivíduo ainda podia percebê-los no paladar, tomando Coca-Cola...
Pareceu-me muito interessante, algum tempo atrás, a mudança do formato da garrafa da Coca-Cola. Pensei: “Virá um tipo de garrafa que deverá ser mais revolucionário e todo o mundo vai aplaudir”.
Houve, pelo contrário, como que uma contra-revolução na Coca-Cola. Causa desse recuo: a indignação. Torrentes de cartas de consumidores de toda a ordem exigiram que a empresa Coca-Cola reformulasse o gênero de garrafa. Voltou-se então ao tipo antigo, o qual, que eu saiba, ainda permanece em uso...

Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para sócios e cooperadores da TFP, em 24 de janeiro de 1995. Sem revisão do autor.

Fonte: Revista Catolicismo fevereiro de 1999

quarta-feira, 16 de abril de 2008

“Fé, pureza e bravura”

Três dias de atividades, em acampamento numa fazenda do interior de São Paulo, tiveram como leitmotiv a trilogia acima. Estudantes provenientes de nove cidades empreenderam épica iniciativa.

Daniel Martins



Participantes do encontro diante da Basílica de Nossa Senhora Aparecida

“Dai-nos, ó Virgem pura: fé, pureza e bravura”. Foi este o brado que ressoou pelo relevo majestoso e atraente da Serra da Bocaina, em São Paulo. Proclamaram-no 55 jovens provindos de várias partes do Brasil. Eles participaram do encontro da Ação Jovem pela Terra de Santa Cruz, nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro último.
As cidades de origem eram: Curitiba e Londrina (PR), Aquidauana (MS), Goianápolis (GO), São Paulo e Itu (SP), Teófilo Otoni (MG), Campos (RJ) e Brasília (DF). Essa diversidade enriqueceu a programação com as peculiaridades de cada cidade, sem ferir o bom convívio que caracterizou todo o encontro. União, sim, mas não uma união qualquer: união em torno dos lemas enunciados no brado acima referido.


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No dia 18, a programação iniciou-se com uma caminhada pelas colinas da região, passando por três imponentes cachoeiras. À tarde, após alguns jogos, foi proferida uma palestra intitulada Curva da História, mostrando a atitude dos homens entre o bem e mal e as conseqüências daí provindas para a História. À noite foi rezado um terço, depois do qual todos reuniram-se ao redor da fogueira, onde se explicou importante ponto da doutrina católica: os novíssimos do homem – morte, juízo, inferno e paraíso.



No dia seguinte, depois dos jogos e da palestra sobre Homens Providenciais do Brasil — relatando a importância de grandes personagens brasileiros que influenciaram a história de nosso País, entre os quais o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira — todos dirigiram-se à cidade de Aparecida, para orações junto à Rainha e Padroeira do Brasil em reparação de todas as ignomínias praticadas no carnaval. Também rogaram para que Ela colhesse os melhores frutos daquele encontro.



No dia 20 realizaram-se outros jogos e entretenimentos, bem como a sessão de encerramento, na qual os jovens foram convidados ao heroísmo e à devoção a Nossa Senhora. À noite houve um cortejo solene, à luz de tochas, com a imagem de Nossa Senhora, durante o qual se rezou o terço, sendo também entoados cânticos católicos em louvor da Santíssima Virgem. O cortejo contou também com a presença de vizinhos da fazenda.




Ao final do encontro, a impressão geral que ficou foi a de uma verdadeira alegria, contrária à loucura frenética e frustrante dos dias encharcados de imoralidade, de modo especial por ocasião dos festejos de carnaval. Contentamento este oriundo da verdadeira fé, da autêntica pureza e da genuína bravura.














E-mail para o autor:
danielmartins@catolicismo.com.br

Fonte: Revista Catolicismo, abril de 2007

terça-feira, 15 de abril de 2008

A espada:




Símbolo de heroísmo e pompa

Plinio Corrêa de Oliveira

Hoje em dia a espada está completamente superada como arma de guerra, e nem pode entrar em cogitação a idéia de afiar uma espada para entrar em combate. Atualmente ela não é arma de guerra nem para a agressão nem para a defesa. Pode-se dizer que está praticamente cancelada da lista dos armamentos modernos.
Entretanto, apesar desse fato, em todos os exércitos dos países civilizados os oficiais a trazem consigo nas ocasiões de grande solenidade. Numa época em que o desaparecimento da espada como arma chega ao seu auge, como símbolo ela ainda é tal, que não se compreende um oficial sem a sua espada.
Por outro lado, em vários países existem Academias de Letras nas quais se usam fardões, e os acadêmicos, nas ocasiões de pompa, portam a espada. No momento em que o literato chega ao auge de sua glória e é proclamado "imortal" -- da mais mortal das imortalidades -- não lhe dão uma grande pena para usá-la como simbólico adorno, pois ficaria uma tralha ridícula. Ele sente-se inibido se não tiver uma espada. De maneira que o literato envergando o fardão, usa a espada.
Até algum tempo atrás, ao fardão dos diplomatas era também incorporada a espada. Atualmente não sei se ainda a conservam (*).
Por que razão isso é assim?
Porque a espada ficou ligada a uma série de aspectos poéticos e heróicos, símbolos da cavalaria e da dignidade humana, que não se dissociam dela.
Por isso nela costumam estar presentes não só a beleza da forma, mas também a excelente qualidade do material utilizado em sua confecção, muitas vezes ornamentado com incrustações de metais nobres e pedras preciosas. E quando seu detentor é possuidor de fé ardente e espírito sacral, não hesita em colocar uma relíquia do Santo de sua maior devoção no punho da mesma.
Na Antiguidade clássica, ainda não se construíra em torno da espada toda a legenda que, sobre ela, formou-se durante a Idade Média. Esta fase histórica soube ver com profundidade a espada, sublimá-la e transformá-la no mais alto símbolo da dignidade humana.
Um rei para ser coroado usa sempre a espada. Para tudo de elevado, de pompa que o igualitarismo moderno ainda deixou de elevado, usa-se a espada.
O que é mais bonito dizer: "Eu herdei de meu pai uma espada" ou "eu herdei de meu pai uma geladeira, um Cadillac ou uma indústria"?
Pode ser mais lucrativo herdar do pai uma indústria, porém há mais beleza em dizer: "Eu herdei de meu pai uma espada que, nos campos de batalha, defendeu a civilização cristã. Ele foi um herói e morreu na guerra. A espada que usava como militar, como combatente, ele me legou!" Uma espada assim deveria ser guardada numa capela. Pois ela transformou-se numa relíquia.


(*) Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para sócios e cooperadores da TFP em 9 de maio de 1969. Sem revisão do autor.

Fonte: Revista Catolicismo Outubro de 1997

Vamos lutar pela Vida desde a fecundação até a morte natural!